“Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí”. Parece ser esta a marchinha que as bandas que tocaram no Carnaval de Natal entoam agora. Um mês depois do término da festa, os músicos ainda não receberam o pagamento pelo seu trabalho durante o evento. A verba estava prevista para ser entregue, no máximo, uma semana após o fim do Carnaval.
De acordo com o sargento Filho, maestro da orquestra Originais do Frevo, são aproximadamente 20 bandas nesta situação. “Outros catorze músicos trabalharam comigo durante a festividade, mas até agora nenhum recebeu um centavo”, relata.
Ele diz que toda a documentação necessária foi enviada à Fundação Capitania das Artes (Funcarte) – cadastro dos músicos, histórico da orquestra, currículo do maestro e certificado de que não haviam pendências com a Prefeitura.
O maestro da Banda do Siri, Alcione de Sá, também reclama da demora no repasse. “Fomos nós que fizemos o Carnaval”, atesta. Segundo ele, a situação demonstra total falta de respeito com as orquestras. Somente naquela comandada por Alcione, estavam envolvidos por volta de 50 músicos.
“Faz quatro anos que participo do evento da Prefeitura e nunca demorou tanto para recebermos o dinheiro. A Funcarte disse que estava esperando o repasse do secretário do Planejamento Augusto Viveiros”, declara. Ao todo, apenas na Banda do Siri, a pendência é de pelo menos R$ 60 mil.
Na tarde de ontem (30), a vereadora Sargento Regina (PDT) na Câmara Municipal uma iniciativa do secretário. Ela lembrou que vários músicos assumiram compromissos contanto com o dinheiro e agora estão em situação difícil. Seu apelo foi apoiado por Júlia Arruda (PSB) e Júlio Protásio (PSB).
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