sábado, 30 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
SOCIEDADE MUSICAL SÃO CAETANO
A Sociedade Musical São Caetano, fundada em 07 de abril de 1836 (Quarta
banda mais antiga do Brasil, terceira mais antiga de Minas e a primeira
da região dos Inconfidentes, cadastrada na FUNARTE), desenvolve o
ensino gradativo e gratuito na comunidade e difundi a arte por meio da
música. Além disso, apresenta-se em solenidades cívicas e religiosas, e
abrilhanta as atividades culturais no Distrito de Monsenhor Horta, bem
como nas regiões onde é convidada.
A sociedade conta hoje com um efetivo de 45 músicos e 23 aprendizes, sendo o músico mais novo com 10 anos e o mais velho com 67 anos de idade.
Durante o ano de 2005, criou o projeto “Música na Escola”, em parceria com a Prefeitura Municipal de Mariana. O projeto atende a sessenta crianças com idades de 06 a 14 anos de idade.
A sociedade conta hoje com um efetivo de 45 músicos e 23 aprendizes, sendo o músico mais novo com 10 anos e o mais velho com 67 anos de idade.
Durante o ano de 2005, criou o projeto “Música na Escola”, em parceria com a Prefeitura Municipal de Mariana. O projeto atende a sessenta crianças com idades de 06 a 14 anos de idade.
FONTE: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4097220403078046254
SOCIEDADE MUSICAL SANTA CECILIA DE SABARÁ
Desde as primeiras décadas de 1700, a sociedade mineira
se expressa de modo significativo por meio da música. O ciclo do Ouro,
no século XVIII, gerou uma vida urbana com notável atividade literária,
rica produção escultórica e arquitetônica, além de uma intensa vida
musical. Os rituais litúrgicos e as festas populares
eram valorizados pela música, que aos poucos tomou forma e ganhou
proporções originais revelando uma classe singular de músicos, em sua
maioria mulatos. A dedicação à música e a participação em irmandades
religiosas possibilitou ascensão social aos mulatos, já que atividades
profissionais como a medicina, direito e a carreira eclesiástica lhes
eram negadas.
Naquela época, ainda não existiam corporações musicais
organizadas, fixas: eram formados grupos de músicos para
apresentarem-se nas oportunidades que surgiam. Para as festividades
religiosas, as Irmandades promoviam concorrência para escolha de novas
composições que seriam tocadas durante cada evento. O músico ganhador
se responsabilizava pela composição, seleção dos instrumentistas e
cantores, além da regência do conjunto.
Para as comemorações oficiais do Reino,os trabalhos dos
músicos eram requisitados pelos Senados das câmaras, também através de
concorrência. Portanto, em todas as vilas havia interesse no
aprendizado e aprimoramento musical.
Há referências de que na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Sabarabuçú, (Sabará) havia mais de 1.000 músicos — compositores, instrumentistas, maestros, cantores — no final do século XVIII.
A
Sociedade Musical Santa Cecília de Sabará é uma das mais antigas e
tradicionais de Minas Gerais. Sua organização data de 22 de novembro de
1781, dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos.
No século XIX seus membros formaram uma corporação musical com uma Orquestra de Cordas e um Coral. Os componentes executavam peças litúrgicas nas igrejas e participavam de eventos oficiais no município.
Algumas apresentações realizadas no Teatro Elizabethano de Sabará foram inesquecíveis. Uma delas foi durante a visita do Imperador do Brasil D. Pedro I, em companhia da Imperatriz Dona Amélia.
No final do século XIX, com a queda da atividade de
mineração e a conseqüente diminuição das riquezas, as orquestras
profissionais tiveram suas atividades bastante reduzidas e a música mineira passou a se expressar por meio das inúmeras bandas
formadas nas cidades e povoados. As cordas (violinos, violas e
violoncelos) foram abandonadas progressivamente e os instrumentos de
sopro (flautas, fagotes e trompas), substituídos por clarinetes,
trompetes, trombones e tubas.
A Banda Santa Cecília, nascida no
contexto dessa época, conseguiu sobreviver aos obstáculos impostos pelas
diversas mudanças culturais e sociais dos últimos tempos. Tem se
apresentado em comemorações importantes, tanto em Sabará quanto em
outras partes do país. Um exemplo marcante foi a presença na inauguração da capital mineira em 1897, a então Cidade de Minas, hoje Belo Horizonte.
A participação da Banda em concursos e encontros de bandas está
registrada em diversos troféus, placas, medalhas, diplomas e
fotografias.
A Sociedade Musical Santa Cecília de Sabará é sem dúvida uma herança valiosíssima da rica história cultural de Minas Gerais.
COMO SE MANTEVE VIVA
Desde sua criação a Sociedade Musical Santa Cecília é uma
entidade civil, sem fins lucrativos, voltada única e exclusivamente
para a criação, ensino e divulgação da música, em especial a música
colonial mineira. Até meados do século XX, suas principais
patrocinadoras eram as Irmandades Religiosas. Mais tarde chegou a
assinar alguns contratos remunerados e com o dinheiro recebido mantinha
o funcionamento da corporação, incluindo os gastos de manutenção do
patrimônio e os administrativos. Algumas fases foram extremamente
difíceis devido ao abandono a que, por muito tempo, ficou relegada a
cultura nacional.
Porém, sempre conscientes da importância histórica e do
valor da música para a vida social e cultural, membros e parceiros da
corporação nunca deixaram que suas portas fossem fechadas em
decorrência das diversas dificuldades. Alguns se prontificaram a pedir
ajuda financeira, passando de casa em casa, enquanto outros tentavam
buscar membros para recompor os grupos musicais. Nesse trabalho vale
registrar uma pequena homenagem póstuma ao músico Geraldo Costa.
Em passos já trôpegos mas insistentes, dedicava os seus quase oitenta
anos ao trabalho diário de “buscar um músico, ou simplesmente descobrir
alguém que gostasse de música, não importando onde estivesse, pois
Santa Cecília não podia ficar decepcionada justamente em Sabará, cidade
que abriga uma das mais antigas bandas do Brasil”.
A CORPORAÇÃO HOJE
A Sociedade Musical Santa Cecília tem uma importância
impar para a cultura mineira. Em sua sede é resgatada a história da
música mineira através da execução de composições dos seus ilustres
membros; nela encontram-se imagens de fases da Sociedade Musical
Sabarense que são marcas importantes da história das Minas Gerais. Em
sua sede também são formados novos músicos enquanto os veteranos se
aprimoram e proporcionam, a quem quiser entrar, uma boa música para ser
apreciada.
Mesmo assim, as dificuldades para manter a corporação em
atividade permanecem e não são muito diferentes das registradas
historicamente. O custo básico envolve salários de professores,
fornecimento de uniformes, conserto e manutenção de instrumentos, entre
outros. A abnegação e o idealismo de seus membros, fontes de
revitalização da Sociedade Musical Santa Cecília, não são suficientes
para mantê-la em atividade; a força do trabalho voluntário dos músicos
não consegue atender adequadamente a demanda.
Nos últimos anos algumas conquistas reascenderam
esperanças na corporação. Com a ajuda da Prefeitura Municipal, de alguns
parceiros, contribuições da população e valores arrecadados através
das leis de incentivo à cultura foi possível reconstituir a Orquestra
da Sociedade Musical.
O projeto “VOLTA ORQUESTRA SANTA CECÍLIA”, cujo objetivo
principal é revitalizar a música antiga e contemporânea produzida em
Minas Gerais, nasceu em meados de 1.985 impulsionado pelo entusiasmo de
pessoas que querem "ver a banda passar" mas não querem deixar passar o
acervo, as peças de autoria dos artistas do século XVIII que em Sabará
nasceram, viveram e contribuíram para a cultura musical de Minas
Gerais.
Até o inicio do ano 2000 foram adquiridos métodos,
instrumentos e realizados melhoramentos nas condições físicas da sede
para a efetiva implantação do projeto que em 2.003 começou a tornar-se
realidade.
A BANDA E A ORQUESTRA
O projeto Volta Santa Cecília abrange não apenas a
revitalização da orquestra como também o aprimoramento artístico dos
integrantes da Banda Santa Cecília.
A troca de experiências, informações e a aquisição de mais
conhecimentos, é fundamental para o crescimento da Sociedade Musical.
No âmbito social, o projeto é uma ocupação saudável para
pessoas da terceira idade, uma alternativa para a profissionalização de
jovens, a maioria deles carentes, além de ser uma atividade
extremamente benéfica para o desenvolvimento pessoal de todos.
Para a formação da orquestra foram abertas 40 vagas para
estudantes, foram contratados 5 professores especializados em ensino e
uso de instrumentos de corda, sendo um deles para ensinar musicalização
e solfejo.
A sede abriga hoje um verdadeiro conservatório de música
que oferece atividades de teoria e prática musical a jovens que se
interessam pelo ensino da música, preferencialmente aos que se propõem a
participar ativamente como membros da corporação.
Além das teorias e praticas executadas durante as aulas e
ensaios, professores e dirigentes acreditam que o ambiente é
extremamente propício para a melhoria das relações humanas, já que o
trabalho em equipe é um fator inerente ao sucesso do conjunto.
Dedicação, concentração, respeito, paciência, são apenas
alguns dos ingredientes básicos para o aprendizado e o aprimoramento
musical.
O VALOR SOCIAL DA MÚSICA
Atualmente, além dos custos já existentes, o crescente
interesse pelo aprendizado da música tem exigido a otimização dos
recursos necessários para a continuidade das propostas do projeto. Por
isso, a Sociedade Musical Santa Cecília está sempre em busca de novos
parceiros para a obtenção dos recursos necessários à sua manutenção.
Contribuir para o desenvolvimento humano, resgatar a
riqueza musical produzida em outras épocas, formar músicos que possam
atuar nas diversas categorias de expressa musical, conscientizar a
população em geral sobre a importância da música como fator de
integração social são algumas das mais caras aspirações dos sabarenses
ligados à arte musical.
FONTE : http://santaceciliasabara.hd1.com.br/historico.html
XXI Encontro de Filarmônicas
No
XXI Encontro de Filarmônicas no 2 de Julho, Dia 2 de julho de 2012 no
Campo Grande, às 18 horas. Promovido pela Fundação Gregório de Mattos e
realizado pela Sociedade Musical Oficina de Frevos e Dobrados e bandas
convidadas.
Sociedade Filarmônica Amantes da Lyra, de Santo Antônio de Jesus
Sociedade Filarmônica Minerva, de Morro do Chapéu
Filarmônica Lyra Popular de Belmonte
Filarmônica 2 de Janeiro de Jacobina
Oficina de Frevos e Dobrados
Curiosidade da Euterpe - Banda Nossa Senhora do Bom Sucesso, a origem Autor: Altair Fernandes
Ainda pela série "Curiosidades da Euterpe", retornamos ao assunto referente à
data de fundação da Corporação Musical Euterpe de Pindamo-nhangaba, tema de
nossa editoria de história na edição de 27/8/2010, quando destacamos a
comemoração do 1º Centenário da banda que deve ser considerada a mais antiga do
Brasil.
Em um exemplar da extinta Folha do Norte (edição de 16/8/1925) encontramos um
importante histórico da Euterpe em matéria também alusiva à comemoração de seu
1º Centenário de existência, o qual transcrevemos com as oportunas observações
de nossa parte:
Aos 22 dias do mês de agosto do ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1825,
nesta Vila Real de Pindamo-nhangaba, na residência do professor Joaquim Gomes
de Araujo, estando presentes o vigário, padre João Crisósto-mo e os músicos João
Batista de Oliveira (vulgo João Pimenta), Gregório José L. Nazianzeno, Antonio
de Paula Silva Campos, Tristão da Costa Rezende, Manuel de Godoy e Silva, José
Benedito Pires e Antonio Pedro Cortez.
O professor Joaquim Gomes declarou que o fim da presente reunião era para
tratar-se da organização de uma banda de música nesta Vila Real de
Pindamonhangaba .
Assim, ficou fundada a primeira banda de música sob a invocação de Nossa
Senhora do Bom Sucesso, banda esta que funcionou regularmente. Em 1840, assumiu
a direção da mesma o senhor João Baptista de Oliveira. Em 1848, foi ela
aumentada com os seguintes músicos: João Pimenta (Diretor e Mestre da Capela),
Benedicto Gomes (rabeca), Antonio Paula (pistom), Flávio (trombone), Antonio
Joaquim de Nhá Freira (trombone), Anastácio Vasques (trombone), José Maria Leite
(clarinete), Rodri-go Paula Silva Campos (clarinete), Luiz Barcellos (bum-bo),
Raphael de Souza (pratos), João Homem (cantor), Theodoro Vieira (cantor),
Jeremias Gomes de Araújo (cantor), João Pimenta (cantor). Assim funcionou essa
corporação até 1876,ano esse em que faleceu o seu diretor João Pimenta. Tomou
então a direção o Sr. Capitão Bene-dicto Gomes de Araújo e pouco mais tarde teve
na regência o Sr. João Gomes de Araújo. Faziam parte da banda os senhores:
Belisário de Moura, Claudino Rezende, Paulo da Silva Campos, Thomaz Gomes de
Araujo, João Maria Pires, Matheus da Silva Araújo, Rodrigo da Silva Araujo,
Chiquinho do José Pedro, Fernando de Oliveira Vasques, Benedicto de Tal
(bombeiro) e Américo de Faria (trombone))
Em 8 de abril de 1885, tomou o nome de Clube Musical "João Gomes",
denominação esta em homenagem ao distinto maestro pindamo-nhangabense que nessa
época andava em Milão.
Em 11 de janeiro de 1889, retirou-se da corporação o capitão Benedito Gomes
de Araujo, e continuando somente como mestre da capela.
Em 29 e março de 1896, por iniciativa do reverendís-simo padre Miguel
Marcon-des do Amaral, foi dado o título de Clube Euterpe à referida banda,
ficando como diretor o reverendíssimo padre Miguel Marcondes e como regente o
senhor João Maria Pires.
Também dirigiu por algum tempo a "Banda Euterpe", o senhor Athayde Marcondes.
Foram eleitos para diretores: Em 29 de abril de 1899, o Sr. Américo José de
Faria; em 1903, o Sr, José Antonio Ferreira César e, em 1907, o Sr. Aristóbulo
Pires. Desde 1899, vem sendo regente o Sr, João Antonio Romão."
Considerando o histórico
Infelizmente, não é citada a fonte deste histórico no mencionado artigo da extinta Folha do Norte. Ainda assim, trata-se importante material para pesquisa sobre a Corpo-ração Musical Euterpe no intuito de conside-rá-la de fato e de direito a mais antiga banda musical do Brasil. Título que de forma equivocada se dá a uma banda denominada Sociedade Musical Curica, da cidade de Goiana, estado do Pernam-buco, que surgiu em 1848 (Fonte: GASPAR, Lúcia. Bandas de música. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://www.fundaj.gov. br>).
Infelizmente, não é citada a fonte deste histórico no mencionado artigo da extinta Folha do Norte. Ainda assim, trata-se importante material para pesquisa sobre a Corpo-ração Musical Euterpe no intuito de conside-rá-la de fato e de direito a mais antiga banda musical do Brasil. Título que de forma equivocada se dá a uma banda denominada Sociedade Musical Curica, da cidade de Goiana, estado do Pernam-buco, que surgiu em 1848 (Fonte: GASPAR, Lúcia. Bandas de música. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://www.fundaj.gov. br>).
Na diferença de datas de fundação, há de se considerar uma expressiva
diferença de 23 anos a favor da Euterpe, a 'briosa' de Pindamonhangaba, fundada
em 1825.
Em breve avaliação referente ao histórico apresentado, destacamos alguns
pontos, os quais sublinhamos no texto, que consideramos de extrema importância:
Fundador e fundadores da Euterpe
O primeiro ponto esclare-cedor refere-se ao professor Joaquim Gomes de Araújo, avô do maestro e compositor João Gomes de Araújo. Pelo que consta no histórico da Folha do Norte, a reunião de criação da banda foi em sua residência, sugerindo que o mesmo exercia a liderança, portanto, o principal entre os fundadores, considerando que todos aqueles que estiveram presentes na histórica reunião devem ser lembrados como os fundadores da Euter-pe, relação que se encontra incluído o músico João Baptista de Oliveira, o 'João Pimenta'.
O primeiro ponto esclare-cedor refere-se ao professor Joaquim Gomes de Araújo, avô do maestro e compositor João Gomes de Araújo. Pelo que consta no histórico da Folha do Norte, a reunião de criação da banda foi em sua residência, sugerindo que o mesmo exercia a liderança, portanto, o principal entre os fundadores, considerando que todos aqueles que estiveram presentes na histórica reunião devem ser lembrados como os fundadores da Euter-pe, relação que se encontra incluído o músico João Baptista de Oliveira, o 'João Pimenta'.
Denominações da banda
Banda Nossa Senhora do Bom Sucesso foi a denominação de origem, até que em 8 de abril de 1885, recebeu o nome de Clube Musical "João Gomes", em homenagem ao fabuloso músico pindamonhangabense, que na época encontrava-se em Milão, Itália, onde suas óperas faziam sucesso no Teatro Dal Verme. Passados 21 anos, no dia 29 de março de 1896, numa iniciativa do padre Miguel Marcondes do Amaral, a já histórica corporação musical passou a se chamar Clube Musical "Euterpe", homenageando a musa da música e da poesia lírica. Denominação que mantém há mais de um século.
Banda Nossa Senhora do Bom Sucesso foi a denominação de origem, até que em 8 de abril de 1885, recebeu o nome de Clube Musical "João Gomes", em homenagem ao fabuloso músico pindamonhangabense, que na época encontrava-se em Milão, Itália, onde suas óperas faziam sucesso no Teatro Dal Verme. Passados 21 anos, no dia 29 de março de 1896, numa iniciativa do padre Miguel Marcondes do Amaral, a já histórica corporação musical passou a se chamar Clube Musical "Euterpe", homenageando a musa da música e da poesia lírica. Denominação que mantém há mais de um século.
Fonte Pesquisa : http://www.tribunadonorte.net/noticias.asp?cod=4&edi=181
A questão da data de fundação e fundador Autor: Altair Fernandes
Originadas de uma banda trazida por D. João VI para o Brasil em 1808, as
corporações musicais civis se multiplicaram, ainda no século XIX, pelas vilas,
povoados e cidades do país. Participando de acontecimentos políticos,
religiosos, cívicos e sociais, elas se apresentavam com a formação, disciplina
e a organização das bandas militares. Uniformizados, de sapatos engraxados e
quepes na cabeça, seus músicos desfilavam pelas ruas ao som de dobrados e depois
iam se posicionar no coreto da praça principal, para brindar o público com a
execução de xotes, valsas,choros, maxixes e outros ritmos. Com a Corporação
Musical Euterpe está prática não foi diferente no início de sua existência. O
tempo passou. Músicos passaram pela banda e se foram, mas a Euterpe, não. Ela
permanece. Viva e ativa, continua se apresentando para as gerações que se
sucedem ao longo dos 185 anos de sua criação. A retreta na praça ainda faz
emocionar tanto os saudosistas quanto os mais jovens, mas não menos sensíveis às
mensagens harmoniosas da boa música.
A data de fundação
No que diz respeito à data de fundação ou criação da Corporação Musical Euterpe, além do programa comemorativo ao seu primeiro centenário, registrado na edição de 30/8/1925 do Folha do Norte, jornal que circulou em Pinda-monhangaba na primeira metade do século XX, vamos encontrar na 2ª série de 'Vultos de Pindamonhangaba', livro de crônicas publicado por João Martins de Almeida (Gráfica Editora Tupi, Rio de Janeiro-RJ, 1968), uma citação deste autor que reforça o 1825 como ano de origem desta banda.
No que diz respeito à data de fundação ou criação da Corporação Musical Euterpe, além do programa comemorativo ao seu primeiro centenário, registrado na edição de 30/8/1925 do Folha do Norte, jornal que circulou em Pinda-monhangaba na primeira metade do século XX, vamos encontrar na 2ª série de 'Vultos de Pindamonhangaba', livro de crônicas publicado por João Martins de Almeida (Gráfica Editora Tupi, Rio de Janeiro-RJ, 1968), uma citação deste autor que reforça o 1825 como ano de origem desta banda.
O cronista Martins de Almeida, jornalista e poeta apaixonado pela história da
'Princesa do Norte', que hoje seria 'Princesa do Cone Leste paulista', inicia o
artigo intitula-do Banda "Euterpe", na obra acima mencionada, afirmando que "a
banda musical Euterpe foi fundada em 1825, conforme comprova antigo número da
revista O Malho, exposto pelo Sr. Agostinho San Martin em uma das vitrinas de
seu estabelecimento comercial, por ocasião do 250º aniversário de Emancipação
Política de Pinda-monhangaba." O Agostinho San Martin citado, acrescente-se
'Filho' ao sobrenome, era filho do casal Agustin San Martin Aldea e Bárbara
Martin Carrete-ro, casal de espanhóis que se estabeleceu em Pindamonhan-gaba em
1901. Agostinho, que foi comerciante (bar, padaria, lanchonete, sorveteria e
bom-boniére), industrial, construtor, vereador e até inventor neste município.
Agustin era um dos guardiões das 'histórias da Princesa'. Daí o fato de ter
exibido em seu estabelecimento comercial a tal publicação em 1955 (fazendo as
contas com base no 250º aniversário de Pinda-monhangaba citado por Martins de
Almeida)
'Banda João Pimenta'
Retornando à crônica de Martins de Almeida e ao tema principal. No mesmo artigo, ele fala das reorganizações que possibilitaram a sobrevivência da banda, como a de 1848, quando o músico João Batista de Oliveira, conhecido por João Pimenta, "aumentou o número de seus componentes e adquiriu mais instrumentos a ponto de ficar denominada 'Banda João Pimenta'". Informação esta que nos remete a outro 'guardião das histórias da Princesa', Athayde Marcondes. Em sua imprescindível fonte 'Pinda-monhangaba Através de Dois e Meio Séculos' (1922), Athayde faz referência à 'Banda Musical João Pimenta' da seguinte forma: "Com este título fundou-se nesta cidade, em 1848, a primeira banda musical sob a competente direção de João Batista de Oliveira, conhecido por João Pimenta."
Retornando à crônica de Martins de Almeida e ao tema principal. No mesmo artigo, ele fala das reorganizações que possibilitaram a sobrevivência da banda, como a de 1848, quando o músico João Batista de Oliveira, conhecido por João Pimenta, "aumentou o número de seus componentes e adquiriu mais instrumentos a ponto de ficar denominada 'Banda João Pimenta'". Informação esta que nos remete a outro 'guardião das histórias da Princesa', Athayde Marcondes. Em sua imprescindível fonte 'Pinda-monhangaba Através de Dois e Meio Séculos' (1922), Athayde faz referência à 'Banda Musical João Pimenta' da seguinte forma: "Com este título fundou-se nesta cidade, em 1848, a primeira banda musical sob a competente direção de João Batista de Oliveira, conhecido por João Pimenta."
Os componentes da Banda João Pimenta e suas respectivas funções ou
instrumentos que tocavam, segundo o pesquisador Athayde, eram: João Pimenta -
diretor e mestre de capela; Benedito Gomes - rabeca; Antonio Paula - pistom;
Flávio - trombone; Antonio Joaquim de 'Nhá Freira' - trombone; Anastácio Vasques
- trombone; Américo José de Faria - trombone; Benedito de Oliveira - trompa;
Antonio Bicudo - fagote; Inácio Músico - clarinete; Luís Barcellos - bumbo;
Rafael de Souza - pratos; João Homem de Mello - cantor; Teodoro Vieira - cantor;
Jeremias Gomes de Araújo - cantor; João Pimenta - cantor.
Athayde cita que essa corporação teria funcionado até 1876, "ano em que
faleceu seu diretor João Pimenta", no entanto, na mesma informação, acrescenta
que "continuou mais alguns anos sob a direção do capitão Benedito Gomes.
João Pimenta
Também em Athayde encontramos alguns dados biográficos do músico João Batista de Oliveira. Era natural de Pindamo-nhangaba, nascido em 24 de maio de 1808. Foi músico e compositor sacro. Na banda foi mestre de capela de 1846 até as vésperas de sua morte, em 1863. Entre os cargos públicos que ocupou, Athayde cita o de arrecadador de impostos de café, estabelecido pela Câmara em 1885. Escreveu músicas sacras, que eram executadas nas festas religiosas realizadas na igreja matriz. Vítima de uma congestão pulmonar, morreu no dia 21 de agosto de 1876.
Também em Athayde encontramos alguns dados biográficos do músico João Batista de Oliveira. Era natural de Pindamo-nhangaba, nascido em 24 de maio de 1808. Foi músico e compositor sacro. Na banda foi mestre de capela de 1846 até as vésperas de sua morte, em 1863. Entre os cargos públicos que ocupou, Athayde cita o de arrecadador de impostos de café, estabelecido pela Câmara em 1885. Escreveu músicas sacras, que eram executadas nas festas religiosas realizadas na igreja matriz. Vítima de uma congestão pulmonar, morreu no dia 21 de agosto de 1876.
Com a morte do maestro João Pimenta, a Euterpe, que, conforme Martins de
Almeida, teria passado a ser identificada com o nome deste músico devido à
reorganização que o mesmo fizera em 1848, obje-tivando sua sobrevivência (embora
Athayde registre esta passagem como o surgimento de uma nova corporação
musical), a direção da banda passou a ser do também maestro José Maria Leite,
falecido em 1896.
Outras reorganizações da Euterpe são citadas por Martins de Almeida,
destacando a de 1903, quando assumiu a banda o maestro João Antonio Romão depois
de ter vencido numa eleição disputadíssima, seu antigo professor, o músico
José Maria Pires, por apenas um voto de diferença. Nessa passagem, o diretor da
Euterpe, que era Américo José de Faria (na época, também diretor do jornal
Tribuna do Norte), a conselho do dr. Francisco Romeiro, irmão do fundador da
Tribuna e na ocasião prefeito de Pindamonhangaba, conseguiu reunir o grupo de
músicos que ameaçava dispersar-se.
João Antonio Romão, por conta dos inúmeros compromissos que tinha, a maioria
ligados à música, teria, nesta reorganização, conforme o registro de Martins de
Almeida, passado a regência da Euterpe a seu irmão, José Benedito Romão, o Juca.
Este Romão a dirigiu até 1954, quando, sentindo-se adoentado, deixou o cargo e
um ano depois veio a falecer. Durante a enfermidade do maestro Juca Romão a
banda foi dirigida por diversos componentes, entre estes Agenor Ferreira e
Arthur dos Santos.
Martins de Almeida cita ainda uma reorganização ocorrida em 1948, elogiando o
dr. Leão Borges, médico e oficial do Exército como o reorganizador que,
"através de vitoriosa campanha, deu lhe novo instrumental e vistosos
uniformes". Também é mencio ado por Martins de Almeida o apoio do dr. Caio
Gomes Figueiredo, em 1954, quando era prefeito e "foi feliz em convidar o major
Aguinelo Lacerda" para assumir a direção da Corporação Musical Euterpe.
Outras ações favoráveis à permanência da Euterpe, enriquecendo a cultura
praticada em Pindamonhangaba, ocorreram depois que João Martins de Almeida
escreveu sua crônica. Outros idealistas 'brigaram' por ela e trabalharam por
melhorias e fortalecimento desta corporação musical. A Euterpe sobrevive,
portanto, sua história continua e a qualquer edição da Tribuna poderemos
retornar ao assunto para registrarmos os fatos e feitos de outros benfeitores da
gloriosa corporação.
Quem fundou a Euterpe?
Para João Martins de Almei-da, fonte mencionada no início da matéria, "ignora-se qual o verdadeiro fundador da Euterpe". O cronista dizia que "fontes não destituídas de crédito", afirmavam que Joaquim Gomes de Araújo era quem a havia organizado e a dirigido inicialmente. Martins de Almeida considerava justa tal afirmação, levando-se em conta que o filho de Joaquim Araújo, chamado Benedito Gomes de Araújo (pai do maestro João Gomes de Araújo), nascido em 4 de outubro de 1818, havia colaborado com João Pimenta na reorganização da Euterpe de 1848. "Naturalmente desejando que não perecesse a obra de seu pai, o velho Joaquim Gomes de Araújo, tronco de enorme família, de notáveis músicos de Pindamonhangaba", supunha Martins de Almeida.
Para João Martins de Almei-da, fonte mencionada no início da matéria, "ignora-se qual o verdadeiro fundador da Euterpe". O cronista dizia que "fontes não destituídas de crédito", afirmavam que Joaquim Gomes de Araújo era quem a havia organizado e a dirigido inicialmente. Martins de Almeida considerava justa tal afirmação, levando-se em conta que o filho de Joaquim Araújo, chamado Benedito Gomes de Araújo (pai do maestro João Gomes de Araújo), nascido em 4 de outubro de 1818, havia colaborado com João Pimenta na reorganização da Euterpe de 1848. "Naturalmente desejando que não perecesse a obra de seu pai, o velho Joaquim Gomes de Araújo, tronco de enorme família, de notáveis músicos de Pindamonhangaba", supunha Martins de Almeida.
Fonte : http://www.tribunadonorte.net/noticias.asp?cod=4&edi=129
Banda Musical Curica não é a mais antiga do Brasil
Eu , assumi a Banda Musical Curica como regente apos sair da Saboeira no ano de 1999 , na minha passagem por la havia uma lenda que dizia que a Banda Musical Curica seria de 1848 , pois em minha tragetória nao tem nemhum dado que diz que a Banda Musical Curica tenha sido de 1848 , nenhuma partitura , nemhum instrumento eles se baseam so em dados bibliotecarios de alguns autores que falavam que era de 1848 ,baseado em historia que alguns antigos contavam , como tambem contavam a historia de lobisomem , mais em base de pesquisa tambem descobri duas bandas mais antigas que a Curica , seria elas : Filarmonica Nossa Senhora da Conceição ( Itabaiana - Sergipe ) e Euterpe ( Pindamonhagaba - SP ) , observando que se realmente for de 1848 aonda existe duas Bandas Mais Antigas do Brasil .
Filarmonica Nossa Senhora da Conceição Fonte : http://www.filarmonicansc.art.br/
Banda Euterpe : http://www.agoravale.com.br/agoravale/noticias.asp?id=16858&cod=1
FILARMONICA 28 DE JUNHO
CONVITE
A FILARMÔNICA 28 DE JUNHO convida a todos para o GRANDE CONCERTO MUSICAL, antecedendo a abertura oficial das festividades de aniversário, da Banda de Música da nossa cidade, que hoje completa 107 ANOS de existência. O mesmo terá como atração principal o grupo de instrumentistas da cidade, que realizará uma apresentação hoje à noite as 19:30h.
Não percam este grande show musical!
Local: Sede da Filarmônica 28 de Junho
Rua: João de Andrade Nº 137 – Condado - PE
quarta-feira, 27 de junho de 2012
A SANTA DA CURVA DO MIRANDA
FELICIANA MORAES CORRÊA OU CHANINHA,
A SANTA DA CURVA DO MIRANDA
Próximo aos limites
que separam os municípios de Goiana e Condado está localizado um antigo
engenho de fogo morto denominado Miranda, hoje cortado pela rodovia PE
62. De um lado está a antiga moita, ainda firme, porém sem a moenda, os
tachos, e a caldeira, embora o piso marcado ainda dá mostra de como
funcionava um engenho que viveu o período de mudança do banguê para o
uso do vapor. É um local que deve ser local de visita para aulas sobre a
história local. Do outro lado da rodagem está a imponente capela
dedicada à Senhora SantAna. Desde o século XIX o engenho pertence à
família Correia.
As modificações sociais levaram os
proprietários a viver longe dos engenhos e seuas estruturas foram
decaindo. A capela de SantAna quase ruía nos anos noventa do século
passado. Entretanto nos dias atuais ela está recuperada e as missas
dominicais são bastante concorridas. As pessoas que atualmente
frequentam a capela do antigo Engenho Miranda viajam de várias cidades
de Pernambuco e da Paraíba. Elas chegam para agradecer a interseção de
Feliciana Moraes Correa teria realizado junto a Deus. Eles veem
agradecer a Chaninha, nome carinhoso que recebeu ainda em vida, antes de
morrer em 1877 aos 15 anos de idade. Pelo que se sabe é que teria
morrido de febre tifoide, doença tropical muito comum naqueles anos.
Nascida em Timbaúba, no Engenho Pindoba,
passou a infância no Engenho Merepes e, vitimada pelo tifo, foi morar
no Engenho Miranda pra curar da doença, uma vez que seu tio Ludovico
Correia era médico. Evidente que se sabe pouco de Chaninha e a tradição
conta que, em vida, ela era preocupada com o sofrimento dos escravos da
família e com os moradores do engenho. Dizem que ela cuidava das feridas
dos escravos surrados e que distribuía, escondido, alimentos para os
filhos dos moradores. Por isso, ainda viva a chamavam de Santinha. Seus
pais teriam proibido
Chaninha de ajudar os escravos e isso teria feito ela sofre de uma febre alta. Quando ela ficou doente, dizem, uma tristeza tomou conta dos moradores e dos escravos do engenho. Seu corpo foi enterrado no piso da capela. Logo seus amigos, escravos e não escravos passaram a ter uma apreciação particular no local de sua sepultura, ali acendendo velas.
Chaninha de ajudar os escravos e isso teria feito ela sofre de uma febre alta. Quando ela ficou doente, dizem, uma tristeza tomou conta dos moradores e dos escravos do engenho. Seu corpo foi enterrado no piso da capela. Logo seus amigos, escravos e não escravos passaram a ter uma apreciação particular no local de sua sepultura, ali acendendo velas.
Alguns anos após a sua morte, em 1906,
quando foram retirar os restos mortais descobriram que seu corpo estava
intacto. A fama de que havia uma santa na região correu. Nos anos de
1940 abriram seu túmulo e, mais uma vez viram o seu corpo intacto.
Entretanto a Igreja jamais reconheceu a santidade de Chaninha.
Entretanto, desde que, cumprindo uma promessa José Machado Correia fez a
restauração da Capela de SantAna, agradecendo a graça obtida pela
intercessão de Chaninha, tem aumentado o número de pessoas que para lá
se dirigem.
Bibliografia;
LIRA, Rozalves Rafael. ”A CURVA DE MIRANDA”, UMA GEOGRAFIA SAGRADA : INFÂNCIA E SANTIDADE NOS ENGENHOS DA MATA PERNAMBUCANA (1870-1940). Mimeo. Projeto de Pesquisa. 2010
Texto escrito por Severino Vicente da Silva
fonte : http://biuvicente.com/programa/?p=416
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