“Após as festividades, o professor Ricardo não deixava de trabalhar para ter a banda em dia, para o engrandecimento de Belmonte”.
Em 1949 a Lyra está numa fase ótima. Contava com 35 figuras sendo metade, 50%, preparado por Ricardo que queria fazer sucesso levando a Banda para a Capital do Estado – Salvador.
Em 1951 o governador da Bahia Juracy Magalhães convidou as Bandas do interior do estado para a comemoração do centenário de Ruy Barbosa. A Lyra apresentou-se como representante das Bandas do interior. No dia seguinte às 8:00 horas da manhã, na Praça da Aclamação ou Campo Grande estavam reunidas todas as corporações: a do Exército, a da Policia, a dos Bombeiros, a Carlos Gomes e a Lyra. Cada corporação executou um dobrado.
A Lyra foi desfilando da Rua Chile até o Campo Grande sob muitos aplausos. No Campo Grande ela fez uma pequena retreta que durou duas horas, dali saiu junto com o desfile até o Palácio do governador Juracy Magalhães para prestar homenagem. Em seguida o locutor da Rádio Sociedade Jota Luna levou a Lyra para a Concha Acústica onde fez uma exibição para os belmontenses. Após a apresentação foi para a Rádio Sociedade da Bahia onde executou a Fantasia de Mariu dedicado ao capitão Waldemar da Paixão. Encerrou com o dobrado de Zótico Guimarães, com o titulo de Luiz da França Carvalho. Depois de um descanso merecido na Vila Militar, em Salvador. Rumou a Lyra para a cidade de Feira de Santana onde foi bem recebida indo até a sede da Filarmônica Vinte e Cinco de Março, saudando a irmã com a marcha intitulada “As Ninfas do Amor” a Vinte e Cinco agradeceu com uma linda marcha. Os maestros se abraçaram como dois irmãos de arte Ricardo e Estevam Moura.
À tarde a Lyra foi visitar a Filarmônica Euterpe, ainda em Feira de Santana, e a noite deu um concerto na Praça publica com a presença dos maestros Estevam Moura e Amando Nobre. No dia seguinte voltou para Salvador. Três dias depois seguiu viagem para Ilhéus indo visitar a Catedral. A Lyra, em Ilhéus era muito conhecida e famosa e todos queriam vê-la pessoalmente, enfrente a Igreja, às 8 horas da noite ela fez a sua exibição, sendo muito aplaudida pelos presentes e deixou muitas recordações desses momentos inesquecíveis. Terminando sua execução em Ilhéus seguiu viagem para Canavieiras fazendo apresentação no Ginásio Mário Batista Cavalcante onde executou a Valsa “Sobre as Ondas” entre outras. No outro dia às 6 horas da manhã estava de volta a Belmonte.
Nessa década, o presidente da Lyra era Edolindo Lemos que muito trabalhou para a sobrevivência da Lyra.
Amando Rocha e Edolindo Lemos uniram-se e fizeram uma campanha para a construção de três casas, como estava sobrando terreno na sede da Lyra, Edolindo mandou construir, por sua conta e fez, depois, doação à Lyra. Ficou a Lyra com uma avenida de quatro casas para o custeio e sobrevivência da Sociedade Filarmônica.
Texto extraído do Opúsculo sobre a Lyra das gentis senhoras::
Ariadne da Silva Rocha
MAria Adalcy R. Brazão Santana
Leia mais: http://www.lyrapopular.com/news/excurs%C3%B5es/
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