sábado, 20 de outubro de 2012

Frevo de rua


frevo-de-rua é composto de uma introdução geralmente de 16 compassos seguindo-se da chamada "resposta", de igual número de compassos, que por sua vez antecede a segunda parte, que nem sempre é uma repetição da introdução. Divide-se o frevo-de-rua, segundo terminologia usada entre músicos e compositores, em frevo-de-abafo(chamado também frevo-de-encontro) onde predominam as notas longas tocadas pelos metais, com a finalidade de diminuir a sonoridade da orquestra do clube rival; frevo-coqueiro, uma variante do primeiro formado por notas curtas e agudas, andamento rápido, distanciando-se, pela altura, do pentagrama; o frevo-ventania é de uma linha melódica bem movimentada, na qual predominam as palhetas na execução das semicolcheias, ficando numa tonalidade intermediária entre o grave e o agudo; o terceiro tipo, no qual trabalham os novos compositores, é o chamado frevo-de-salão que é um misto dos três outros tipos e, como o nome está a dizer, é justamente como o frevo-ventania, executado única e exclusivamente nos salões, por explorar muito pouco os metais da orquestra, em favor da predominância das palhetas.
Para o musicólogo Guerra Peixe  , in Nova história da Música Popular Brasileira - Capiba, Nelson Ferreira (Rio, 1978), é "o frevo a mais importante expressão musical popular, por um simples fato: é a única música popular que não admite o compositor de orelha. Isto é, não basta saber bater numa caixa de fósforos ou solfejar para compor um frevo. Antes de mais nada o compositor de frevo tem de ser músico. Tem que entender de orquestração, principalmente. Pode até, não ser um orquestrador dos melhores, mas, ao compor, sabe o que cabe a cada seção instrumental de uma orquestra ou banda. Pode, inclusive, não ser perito em escrever pautas, mas, na hora de compor, ele sabe dizer ao técnico que escreverá a pauta, o que ele quer que cada instrumento faça e em que momento. Se ele não tiver esta capacidade musical não será um compositor de frevo".

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