Eleitorado
Aspectos Históricos
Data de constituição do município : 01/03/1893
Data cívica (aniversário da cidade): 05/05
O território onde se encontra o município de Goiana, cuja fundação é anterior a 1570, foi inicialmente habitado pelos
índios caetés e potiguares. Tal fato é mencionado em duas cartas de sesmarias, concedidas a Diogo Dias e Boa
Ventura Dias, documentos esses publicados em 1871, no nº1 da Revista do Instituto Histórico de Goiana. Os primeiros
colonizadores chegaram, provavelmente, em 1534. A povoação situava-se no vale do rio Goiana, que é formado pela
confluência dos rios Capibaribe-Mirim e Tracunhaém. Por se localizar no lote doado pelo rei de Portugal a Pero Lopes
de Souza, fazia parte da capitania de Itamaracá. Em 1568, por ocasião da visita a Pernambuco do então bispo do
Brasil, frei Antônio Barreiros, o local foi elevado à categoria de distrito e freguesia. Foi a que mais prosperou, tanto
que, várias vezes, foi a sede da capitania. Goiana foi um dos pontos de desembarque de tropas holandesas e palco de
algumas batalhas. Vale salientar o combate travado, em 12 de janeiro de 1640, entre Goiana e a Ilha de Itamaracá,
pela esquadra hispano-portuguesa do conde da Torre, vinda da Bahia, e a holandesa vitoriosa. No dia 24 de abril de
1646 os batavos foram derrotados pelos goianenses em Tejucupapo, onde surgiram as “heroínas de Tejucupapo”. Por
provisão régia de 15 de janeiro de 1685, a Câmara e a Justiça da capitania de Itamaracá se estabeleceram em
Goiana, que passou à categoria de vila.
Em virtude de ordem régia de 20 de novembro de 1709, a sede da vila voltou para Itamaracá e a vila de Goiana foi
extinta. Os habitantes de Goiana, descontentes com tal fato, solicitaram em requerimento ao bispo D. Manoel Álvares
da Costa, então governador interino de Pernambuco, que fosse dada execução à permissão concedida pelo rei ao
marquês de Cascaes para criar uma vila. O bispo concordou e, em 07 de janeiro de 1711, foi restaurada a vila de
Goiana, cuja instalação foi efetuada pelo ouvidor-geral Diogo de Paiva Baracho, constituindo-se a Câmara nessa
mesma data. Goiana voltou, assim, à condição de sede da capitania de Itamaracá, e a seu termo foram vinculadas as
paróquias de Taquara e Desterro (hoje Itambé). Tal situação permaneceu até 05 de dezembro de 1713, quando o
ouvidor pela lei, João Guedes Alcoforado, deu à justiça de Itamaracá a jurisdição de toda a capitania, suprimindo de
Goiana o estabelecimento de vila. No entanto, o ouvidor trienal dr. Feliciano Pinto de Vasconcelos, conhecendo as
grandes dificuldades que as partes sentiam em demandar justiça nessa ilha, resolveu em 1714 realizar em Goiana
algumas audiências e outros atos necessários, exemplo que foi seguido pelos juízes ordinários e pelos vereadores. Os
moradores de Itamaracá não se conformaram com a situação e, em 1719, representaram contra esse fato ao
governador e capitão general, Manoel de Souza Tavares. Este, no entanto, aprovou o ato do ouvidor e dos
vereadores, sendo mais tarde a deliberação confirmada pela carta-régia de 06 de outubro de 1742, quando foi
restaurada a vila de Goiana.
Em 20 de maio de 1833, por resolução do Conselho do Governo de Pernambuco, foi criada a comarca de Goiana,
formada pelo termo da vila de mesmo nome, compreendendo as freguesias de Goiana e Itambé. Em 1834 teve o seu
primeiro juiz de Direito, o dr. Joaquim Nunes Machado. A vila de Goiana foi elevada à categoria de cidade e sede do
município pela Lei Provincial nº 86, de 05 de maio de 1840. Em 06 de maio de 1844 a Lei Provincial nº 128 anexou à
comarca da cidade de Goiana parte da freguesia de Tejucupapo, então pertencente à comarca da cidade de Recife.
Número de eleitores – 2008
Total Masculino Feminino Não informado
54.459 26.293 28.040 126
Fonte: TRE.
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